O teu olhar,
reflete o jardim do éden
Importas dos montes um aroma selvagem
Teu corpo nu, sinuoso,
implode de desejo,
cegas de paxão!
Teu lábios são pétalas de amendoeira em flor,
que me roçam em blandícias ardentes
És a estro da noite,
sereia do meu mar
és flagilidade dum poema
és estória por inventar
A lua
olha-nos,
cobiça-nos,
Nadamos nus na enseada,
amo-te na noite
Luís Paulo
Pintura de Richard Johnson
domingo, 20 de outubro de 2013
terça-feira, 15 de outubro de 2013
O Indispensavél á vida
Existe em
mim apenas o indispensável á vida,
Tudo o resto
é um vazio, um desapego material, uma dormência de interesses
Luís Paulo
Tranquilidade
Hoje
sinto-me tranquilo,
O sangue
circula-me suave e sereno, como um rio manso, que corre para o mar autunal
Luís Paulo
Depois Daquele Dia
Depois daquele dia, não
tenho sido mais eu!
Minha vida tem sido uma
vida sem vida. Vida apática, cansada, como se caminhasse de um lugar para outro
e não chegasse a sítio nenhum. A minha vida, depois daquele dia, é uma vida que
se tem ajeitado apenas a existir. Está vazia, como se fosse só no mundo, órfã, sem
ter ninguém á sua espera.
Quando pego naquilo que
sou eu, e sigo a caminhar pelas ruas de sempre, caminhos de outrora, caminhos
que sempre andei, que elegi desde á muito, ouço… parece que um burburinho… noto
como que, uns olhares… olhares simulados, cúmplices, como se, se voltassem e olhassem
para mim. Como se me apontassem o dedo, e fico com a vaga impressão que se riem
de mim, que me gozam pelas costas, num gozo gratuito, voluntário.
Odeiam a audácia de não
me deixar instrumentalizar. Estranham o meu silêncio, o cuidar apenas da minha
própria vida. Intrigados, de sorriso viciado, falam de mim como se fosse de
outro lugar, de outro planeta.
Ainda hoje sinto
feridas na alma, carrego-as como herança pesada desde aquele dia. Agora sigo
com os olhos no chão, envergonhado, de viver num mundo de humanos desumanos, e
arrasto a vida á espera dum novo dia
Luís Paulo
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