Bem- Vindo

Bem- Vindo
Queria tanto ser poeta, falar do mundo, do amor... Porque não da dor? Do sofrimento... Da injustiça então... Enfim, falar do meu sentimento

domingo, 21 de outubro de 2012

Tonalidade etérea na Baía do Seixal


O céu plúmbeo,
Refletia nas águas o cinzento
Do outono  
Que se avizinhava

Águas escorreitas afluíam p`lo tejo em ondas mansas, cercadas de vida, tomando e invadindo de tonalidade etérea a baía do Seixal
Toalha liquida, espelhenta e cristalina, de ritmos constantes em serenas nuances
Azul profundo, por vezes

Outras, aniladas de azul celeste
Lavadas,

Ainda outras, tom de pérola, ou ardósia… exangues,
Carminadas

Anfiteatro de transparência e excelência pura, onde ninguém fica indiferente, nem o mais indigente, ao murmúrio cadenciado, ministrado pela enchente

Os esteiros acenam um dos mais harmoniosos e belos acontecimentos no curso do rio, onde num sulco mais profundo desemboca o rio judeu

Habitáculo transitório, onde as aves migratórias também elas vêm apreciar a mestria, o requinte diáfano do ambiente.

O flamingo,  
o alfaia,
o perna-longa,
a garça e o pato-bravo
ali, procuram abrigo e alimento,

Vêm todos os anos, num voo alegre, como dançando o ultimo andamento.
Van Gog,
Miguel Ângelo, ou
Leonardo Da Vinci,

Se vissem esta beleza
Render-se-iam vencidos
Ao maior Pintor da natureza 

Luís Paulo