Bem- Vindo

Bem- Vindo
Queria tanto ser poeta, falar do mundo, do amor... Porque não da dor? Do sofrimento... Da injustiça então... Enfim, falar do meu sentimento

sábado, 22 de dezembro de 2012

Sentenças Criminosas


A névoa embaciava o olhar, das dez horas daquela manhã de dezembro

O ar húmido, vinha á boleia da oressa fria, mas amena que passava

O meu espírito estava nubloso, mais sombrio que a manhã, mais frio que o próprio frio. Sem energias, com o empenho desfeito, a vontade destroçada, deixei cair com estrondo as ideias, os projetos, os esboços rascunhados já avançados que tinha por cumprir, por realizar.

Sem alegria, sem força, sem vontade de lutar, impotente, com vontade de chorar, sento-me, amargurado, no banco de pedra gelado. Apoio os cotovelos nos joelhos, escondo o rosto nas mãos e pouso a pensar: Enquanto resistirem rumores mentirosos, atropelos ao rigor e pessoas parciais, a verdade nem sempre vem ao de cima.

Juízos sumários e á revelia são consumados, por sujeitos, por vezes instruídos, mas facciosos, tendenciosos, que só ouvem uma parte, ou o que querem ouvir, depois são patenteados e acreditados por protetores de mentes vazias, ázimas, que espremidas a súmula é acre, azeda como vómito

O dia começa a limpar, a clarear. O nevoeiro recua devagar, foge lentamente, mostrando o redor. Silhuetas começam a ganhar formas. Têm formas humanas, mas não são humanos. Estão camuflados com olhos de cobiça, sorrisos cobardes e no lugar do coração, têm instalado um chipe da mentira, da insidia, que robotizados, carregam a malvadez, a crueldade, numa tentativa de subjugar o mundo das pessoas corretas e honestas. Muitos conseguem, porque esses justos, essas pessoas integras, sentem vergonha, sentem medo, de se tornarem semelhantes a eles e sofrem, sofrem os julgamentos injustos e a sentença criminosa.

 

Luís Paulo

 

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